domingo, 6 de maio de 2012

Anestesia

 1:30 da manhã.

   Adormeço envolta no pecado, presa nas teias que o diabo traçou. Outra memória me passa em branco e vejo que não foste tu... Não foste tu que voltou.
   Fecho os olhos à espera de uma brisa que leve tudo o que a noite me deixou. 
  Apaguem as luzes, chorem com ardor, porque foi nesta noite que o meu coração parou.
  Mais um soluço sai solto, livre diz ele, livre é ele, flutua na forma de um desabafo e acaba por se perder no espaço. Perde-se também no espaço a minha mente.
  Fazendo jus à teoria da gravidade, lá vai outra lágrima, coitada. 
 
  Leva-me contigo anestesia, que dentro de ti o mundo soa me melhor, deixa-me sentir-te.
  Sentir tudo a ficar trôpego, sentir tudo a desvanecer, sentir tudo a tornar-se sombrio.
  Fecho os olhos, brevemente esquecerei. Brevemente partirei.

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